terça-feira, 28 de junho de 2011

Não basta apenas água, comida e quintal.

Desde que o mundo é mundo e os cães estão conosco, vemos a famosa imagem do cão no quintal " alegrinho " em sua corrente ou não, ao lado de seu pote de água e comida e às vezes com sua casinha fofa. Mas não é bem por aí que a coisa realmente funciona. Com os vários estudos sobre o comportamento desses animais, podemos constatar que eles apreciam e são mais felizes com muito mais do que essa cena. Os cães precisam sim de espaço pra se exercitar, algumas raças mais que as outras. Mas o essencial para a felicidade canina está em sua convivência constante com seu dono e familiares, o que eles consideram sua " matilha ".
Cães precisam de atenção ( quando moderada ), trabalho ( ter o que fazer ), exercícios ( para gastar energia ) e carinho ( nas horas vagas ). Eles vivem em conjunto com outros quando em sua natureza, portanto um cão feliz necessita dessa compania pra se concretizar. Claro que podemos ter um cãozinho no quintal, pois muita gente não gosta de animais em casa. Mas faça do quintal uma recanto maravilhoso para seu cão e não um refúgio obscuro da falta do dono. Vá ao quintal, brinque com seu amigo, dê atenção, escove o pêlo para interagir, pegue a guia e dê uma volta com ele ( além da energia gasta ele irá interagir de forma positiva com seu dono ).
Os cães que estão dentro de casa também precisam de cuidados. Mas já é " meio caminho andado " estando com seu dono em seu aposento. Mas aí também mora o perigo. Alguns donos mimam seus cães, confundem atenção com excesso de carinho e transformam seu amigo em uma máquina de estresse mimada e sem controle, achando q podem tudo. Cães de apartamento também necessitam de passeios, alguns nem tanto por gastar energia, mas porque é sempre indicado como terapia comportamental, saúde corporal, enfim, é sempre benéfico.
Ter um cão requer aprendizado constante.. saber amar, cuidar e zelar pelo amigo que viverá pelo menos uns 13 anos com você.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Castrar os animais ou educar os seres humanos?

Há quem sustente que o cruzamento de animais de raça para fins comerciais, especialmente cães e gatos, acaba estimulando o abandono de animais de rua, popularmente conhecidos como vira-latas. Reverberam suas vozes a favor da castração como solução idônea para o controle de animais e consequentemente de doenças, imputando a culpa, por tabela, aos criadores de cães e gatos. Nada mais mentiroso!
Em primeiro lugar, deve-se considerar que o animal de estimação é considerado um bem, assim como um apartamento, um carro, uma caneta etc. Sendo um bem, é protegido pelo direito a nível constitucional, bem como no Código Civil e outras leis específicas. Ter um animal de estimação, seja para apenas desfrutar de sua companhia, seja para criação e comércio, é nada menos do que o exercício regular do direito de propriedade, como se disse, constitucional e legalmente protegido.
Em segundo lugar, apesar de ser louvável o estímulo, por parte do poder público, à adoção de animais abandonados, como forma de diminuir a população de animais nas ruas, não podemos esquecer que possuir um bicho de estimação é decisão personalíssima, isto é, transita pela privacidade de cada pessoa, sendo que a atitude do poder público deve ser interpretada como mera sugestão a quem queira adquirir um “pet”.
Significa que não há meio legal para obrigar alguém a adquirir um animal de rua quando o que a pessoa quer é um São Bernardo, um Yorkshire, um gato siamês, um peixe etc. Quando muito, o poder público pode (e deve) cuidar para que certos comportamentos perigosos não sejam admitidos na sociedade, como ocorre com pessoas que “passeiam” com seus Pit Bulls soltos ou expõem animais doentes, portadores de hidrofobia (raiva) em espaço público. Esses são exemplos de atitudes que o Estado não pode tolerar, uma vez que comprometem a saúde e a segurança públicas.
Todavia, há outro dever do Estado que é o de promover o controle desses animais abandonados, seja no sentido de retira-los do convívio público, seja para implementar programas de controle de natalidade desses animais. O que não é correto dizer é que os criadores de cães e gatos são os responsáveis por essa ação que, se não é exclusiva, é no mínimo típica do Estado como ente garantidor da segurança pública, da saúde, da ordem etc.
Finalmente, àqueles que defendem a castração, devo lembrar-lhes que os animais gozam de proteção legal, especialmente no que toca à sua integridade física e psíquica, devendo a castração somente ser utilizada em casos extremos, e de forma terapêutica. O que não pode ocorrer é a castração indiscriminada, sob o argumento de que possuidores e criadores de animais de raça estimulam o abandono e a proliferação de animais de rua.


Devo salientar que, a já existente proliferação dos cães de rua nos obrigam a castra-los pelo bem deles e da sociedade. Mas sou a favor puramente por ter saído do controle essa situação que há anos não se resolve. Sou a favor da castração necessária por conta de alguma doença, somente por isso. Acho a castração algo invasivo e anti-natural. Os animais não nescem castrados e se fosse " legal " isso já nasceriam. Existem os dois lados da moeda. Do mesmo jeito que existem benefícios em alguns casos, também existem " estragos " doenças que aparecem após uma castração.
O homem com seu egoísmo faz suas burradas e simplesmente acha uma saída conveniente e mais rápida pra ele. Preferem castrar do que deixar seus cães sob uma guarda mais rígida nesse período. Sobre sofrimento do cão? Não, não se enganem, cães não sofrem por querer uma relação que se frustra. Esta é a natureza que estamos invadindo com nossas imposições de ser humano definitivo! Não se trata de encher o planeta de filhotes, se trata de manter a dignidade do cão! Cabe ao ser humano colocar na cabeça que já existem muitos cães por aí, mas daí castrar arrancando-lhes a " natureza " não é justo.
Não precisamos pensar como a massa. Não é feio pensar diferente. Não existem verdades absolutas. O que entendo sobre Posse Responsável não se trata de pegar seu pet, correr pro veterinário e castrar, se trata de manter sua dignidade e colocar a mão na consciência de que já existem muitos cães para adoção. Assim você deixa seu pet dentro de casa e toma providências para não haver uma cruza indesejada. Seria justo os animais " pagar " com o seu corpo, sofrendo uma anestesia, corte, eliminação de seus orgãos que nasceram com eles, por pura falta de " educação " da sociedade?

Enfim, cabe ao dono sentir oque é melhor pro seu cão, e deixar a castração pros animais de rua e necessitados realmente dela. Por conta de alguma doença ou problemas terapêuticos, no mais, não vejo necessidade de tal procedimento.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A importância da socialização canina!

    Quando um cãozinho chega ao seio familiar dos humanos, é importante q haja desde sempre uma apresentação da hierarquia, assim como os lobos fazem na matilha. É preciso observar se o filhote é dominante, submisso, medroso, enfim, saber observar o temperamento do cão. Filhotes submissos nem sempre são medrosos, o medo pode acarretar agressividade quando adultos, PODE, vale ressaltar q nem todos, mas mesmo assim não é bom adquirir um cão medroso. Os submissos são mais tranquilos e sem deixam levar sem transtornos, e são indicados para criadores leigos que não sabem conduzir um cão, ainda. Deixemos os cães dominantes para pessoas mais eficientes no assunto, senão seria o caso de contratar um adestrador. É muito fácil diferenciar dominantes, submissos e medrosos na ninhada. Os mais dominates estão sempre " atentando " o irmão, mordiscam, estão sempre por cima, e até rosnam, tentando sempre dominar. Os submissos são mais calmos, meigos e atentos ao agrado. Os medrosos estão sempre mais escondidos, alguns tremem, não gostam muito de brincar e fogem ao menor dos ruídos.
    A mamãe do cãozinho costuma fazer sua parte no começo da socialização dos filhotes, mas depois da desmama cabe a nós proprietários terminar esse processo ( mas que na verdade nunca termina, pois cães costumam sempre testar sua hierarquia ). Não é aconselhável brincadeiras de morder, cabo de guerra, indução ao nervosismo, enfim, isso costuma irritar o cão e atiçar seus instintos. Devemos sempre nos impor, sem gritar, mas com rigor. Devemos deixar os cães à vontade pra explorar, mas nunca permitir que fiquem em todo espaço sem limites, pelo menos até o dono estabelecer quem é que manda!
   Não deixe o filhote fazer algo que seja bonitinho enquanto filhote e que você não queira quando adulto. Na maioria dos casos o maior culpado de cães mal educados e neuróticos são os donos, e ele não gostam de ouvir isso. Se existir um equilibrio, harmonia, respeito e dedicação o seu cão será o melhor do mundo. Não existe cão burro, existe dono inexperiente!